New York Times publica anúncio ateu, que critica o catolicismo, e gera polêmica com grupos cristãos
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Um dos jornais mais lidos do mundo, o The New York Times (NYT) está sendo criticado por ter publicado um anúncio de página inteira do órgão ateu Freedom from Religion Foundation (FFRF) com críticas contra a Igreja Católica, em resposta a um recente caso na justiça da companhia americana Hobby Lobby, de proprietários cristãos.
A empresa foi liberada para não seguir a ordem de controle de natalidade do Obamacare, plano de saúde idealizado pelo presidente americano Barack Obama. A determinação da Suprema Corte dos EUA permitirá que os funcionários cristãos tenham a opção de não violar suas crenças religiosas.
Agora o FFRF lançou uma campanha para questionar a decisão a favor da Hobby Lobby e o comando da Suprema Corte, em função de sua maioria católica, enquanto outros rebatem sob o argumento de que o NYT já rejeitou um anúncio "anti-islâmico" em 2012 e que deveria fazer o mesmo em relação à propaganda contra cristãos.
Em sua defesa, o jornal alega que o anúncio anti-Islã foi um caso a parte, pois há um receio de que "extremistas muçulmanos sejam levianos o suficiente para atacar o que o [New York] Times está disposto a publicar", avalia Matthew Balan, analista da agência Media Research Center.
Contudo, grupos cristãos pedem que o NYT não dê espaço para novos anúncios deste tipo, pois temem por uma tendência a uma possível aversão ao cristianismo por conta da "reação dos [ateus] fanáticos ao caso Hobby Lobby", conforme avalia Bill Donahue, em um comunicado da Catholic League (Liga Católica).
O anúncio foi publicado no último dia 3 de julho. No texto, o FFRF aponta que o Supremo Tribunal Federal não pode se deixar levar por "erros religiosos", para sobrepor uma orientação contraceptiva. O grupo indica também que o machismo e a maioria católica romana atropelam os "direitos das mulheres".
"Autorizar os empregadores a decidir que tipo de controle de natalidade um empregado pode usar não é, como a Suprema Corte diz, um 'exercício de religião'. É um exercício de tirania. Empregadores não devem ter o direito de impor suas crenças religiosas sobre os trabalhadores", destaca o anúncio.