ONU exige ao Vaticano que se julgue aos padres pederastas
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O Comitê da ONU sobre os Direitos da criança acusa ao Vaticano de não ter reconhecido jamais “a magnitude dos crimes” de abuso sexual para menores cometidos por parte dos sacerdotes e de “não ter tomado as medidas necessárias para proteger aos menores”. Duas graves carências que, combinadas, têm provocado uma continuação sistemática dos abusos e a impunidade dos culpados.
O alto organismo das Nações Unidas, com sede em Genebra, tem exigido nesta quarta-feira ao Vaticano que, com a maior urgência, “despeça de seus cargos e entregue à polícia a todos aqueles que sejam culpado de abusos sexuais a menores”.
O comitê, que em meados de janeiro tinha escutado as alegações do Vaticano, se tem manifiestado “profundamente preocupado” pela situação da pedofilia na Igreja e tem pedido à Santa Sede que faça acessivel seus arquivos para que tanto os sacerdotes pedófilos como “todos aqueles que tenham coberto os crimes” possam ser chamados a responder diante as autoridades civis.
No caso das lavanderías das Irmãs Magdalenas na Irlanda, onde as meninas eram obrigadas a realizar trabalhos forçados, a Igreja católica não tomou medidas para prevenir que se repetissem os abusos. A ONU tem pedido que se abra uma investigação interna neste caso e em instituições religiosas similares, para que os responsáveis sejam processados e as vítimas e suas famílias obtenham compensações econômicas.
"Os casos deveriam ser tratados pelas autoridades da cada país para que a privacidade dos menores não se veja comprometida", tem explicado na quarta-feira uma porta-voz da agência internacional, algo que não ocorre devido ao "código de silêncio" imposto sobre o clero pela hierarquia eclesiástica baixo pena de excomunhão. "O Comitê está gravemente preocupado porque a Santa Sede não tem reconhecido o alcance dos crimes cometidos. Também não têm tomado as medidas necessárias para tratar os casos de abusos sexuais nem para proteger aos menores."
O relatório tem sido publicado depois das perguntas às que submeteu um grupo de experientes a membros da hierarquia eclesiástica no mês passado. Então o Vaticano admitiu que entre o clero há abusadores, mas eludiu dar detalhes. A ONU pede que a comissão criada pelo Papa Francisco no passado dezembro pesquise todos os casos de abusos sexuais a menores, bem como "a conduta da Igreja".
Editado por: Protestante Digital 2014